Dia Mundial do AVC: Conheça os sinais de alerta e saiba como agir

“Tempo é cérebro! Cada minuto que passa, há milhares e milhares de células nervosas que são comprometidas/destruídas"
- Prof. Dr. Víctor Oliveira

"Em média, três pessoas sofrem um AVC a cada hora em Portugal."

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um problema de saúde pública grave, afetando cerca de 25 mil portugueses todos os anos e sendo uma das principais causas de incapacidade no país. Em média, três pessoas sofrem um AVC a cada hora em Portugal. Por isso, o Dia Mundial do AVC, a 29 de outubro, é uma data crucial para aumentar a sensibilização da população, informando sobre como identificar os sintomas e agir rapidamente.

Sinais de alerta

Reconhecer os sinais de um AVC é essencial para buscar ajuda médica o mais rapidamente possível. Os principais sintomas a ter em atenção incluem:

Perda de força: Diminuição súbita de força num braço;

Dificuldade em falar: Problemas repentinos para se expressar ou para entender o que as pessoas dizem;

Boca ao lado: Desvio súbito da boca para um dos lados.

É importante referir que estes sintomas surgem de forma súbita. Na dúvida, o melhor é ligar para o 112, não perdendo tempo.

A importância de agir rapidamente

A rapidez com que se procura ajuda médica é crucial num AVC. O lema “tempo é cérebro” refere que, a cada minuto que se passa sem irrigação cerebral, milhares de neurónios são afetados e podem ficar destruídos. Por isso, é fundamental entrar em contacto com as autoridades de saúde o mais rapidamente possível, de preferência através do 112.

O que acontece após a chamada para o 112?

Depois de um contacto para o 112, o INEM envia uma ambulância ao local, e ao mesmo tempo, contacta o hospital mais indicado para o tratamento daquele doente, tendo em consideração as suas necessidades específicas. Quando a pessoa chega à unidade hospitalar, já há uma equipa à sua espera, preparada para agir.

A via verde AVC em Portugal

O funcionamento da via verde AVC é uma ferramenta valiosa, composta por um conjunto de ações que incluem a rápida identificação de um AVC, o transporte do doente para a unidade hospitalar adequada, e a abordagem clínica correta e o mais breve possível, com a aplicação de técnicas adequadas para desobstruir o vaso que está causando o problema.

O que pode ser melhorado?

Apesar de Portugal possuir um sistema funcional, pode sempre haver melhorias a serem implementadas. Entre elas, destacam-se:

• Aumentar a divulgação dos sinais de alerta: É preciso aumentar a sensibilização da população para que todos reconheçam os sinais de um AVC e saibam como agir rapidamente.

• Incentivar a chamada para o 112: Aumentar o número de pessoas que contactam o 112 assim que identificam os sintomas de um AVC. Atualmente, apenas 49% das pessoas fazem-no na primeira hora após o início dos sintomas. O ideal seria que este valor fosse de 100%.

• Continuar a melhorar a via verde AVC: Procurar melhorar os processos existentes e a coordenação entre os diversos serviços de saúde envolvidos, visando a maior eficácia no tratamento de um AVC.

A recuperação após um AVC

A recuperação de um AVC depende de vários fatores, incluindo o tipo de AVC, a sua gravidade e a prontidão com que a ajuda médica foi recebida.

Em casos mais graves, o tratamento passa pela aplicação de técnicas endovasculares, para remoção do coágulo, e restabelecimento da circulação, minimizando a morte de células cerebrais. Em cada caso, o tratamento deve ser adequado à situação em particular.

Estar informado Salva Vidas!

O Acidente Vascular Cerebral é uma das principais causas de incapacidade e morte em Portugal. O conhecimento dos sinais de alerta e o acesso rápido aos cuidados médicos adequados são fundamentais para minimizar os danos provocados pelo AVC. O Dia Mundial do AVC, a 29 de outubro, serve como um lembrete para todos nós, de que estar informado salva vidas.